De alguns momentos sonhados nos últimos dez anos, realizo o momento auge de uma fita com imagens da minha mente: uma casinha de madeira para estar prazerosamente a cuidar, a usar, a ler, a trabalhar e a ver a corrida "livre" do meu casal de Westie, Bamboo e Issa.
A casa foi acabada há 15 anos, vivenciada por outros, fechada por meses, chegando assim à condição de hoje, inacabada. Atingiu a mim como destino mesmo, pois em anúncio nenhum estava e nem de conhecido era. Serão lhe dados alguns toques para restituir-lhe a aparência de sonho.
Fazia parte do meu desejo de estar mais próxima de um espaço "demonstrativo" da natureza que, guardando as proporções da semelhança (pois nela há sopro de vida), é o que me cabe deste latifúndio (João Cabral de Mello musicado por Chico Buarque, lembram-se?)
Moro em um apartamento e venho desfrutando dessa invenção da civilização: o latifúndio do ar. Bom, mas os ensinamentos da terra me faziam falta.
Nada mais prazeroso no momento.
Posso ler, brincar (é... brincar!), respirar sem a espreita guardiã das câmeras de segurança do bloco, sem a presença (por vezes hostil) de outros cachorros a cheirar os meus e vice-versa; pra completar, a minha identificada alegria de poder estar em um espaço inacabado e senti-lo como perfeito. Estou sem o celular, esqueci o relógio e mesmo sem comunicação estou feliz no espaço assim.
Issa - a vibração elétrica e alegre - toma conta da casa fazendo barulho; Bamboo - a vibração cuidadosa e calma - toma conta de mim, e eu vivo a certeza da beleza possível de ser.

Monica Facó -  jan 2010

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